quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quando o amor vira amizade..



Provavelmente alguem já deve ter passado por um momento desses. Ou seja, a dúvida parece reincidir sobre dois sentimentos que aparentemente exigem posturas diferentes: amor e amizade.
Nessa fase, necessita ter uma certa reflexão. Mesmo sabendo que amor e até mesmo amizade podem ter a mesma intimidade. Se podemos nos tornar amigos de quem amamos, a afirmação continua valendo. Mas, por que, quando uma pessoa se questiona sobre o fato do amor ter virado amizade, parece que algo se perdeu?! O mais importante foi subtraído? A tal sensação de que falta algo. Mas as crenças e os romances nos enganam; deixam no ar a ilusão de que podemos estar constante e ininterruptamente apaixonados, ardendo, como se o amor se resumisse a isso. E assim, nos perdemos em desejos impossíveis. Acreditamos que falta algo nas relações duradouras. Simplesmente porque não aprendemos a apreciar a sutileza do amor. Ficamos presos e condenados à aflição que nos causa a paixão.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A existência...bem, o que importa?



- Eu existo da melhor forma possível.


- O passado, agora, faz parte do meu futuro. O presente está fora de controle.


- Os efeitos colaterais incluem sonolência, apatia, agitação e visão turva. Vou tomar duas.


- Eu te colocaria num rolo de filme e isso seria lindo.

- Você é minha. Irrecuperavelmente minha.


- Pensei que ataque epilético fosse coisa de tantã.


- Parece interessante. Uma mulher livre e independente.


- Ele está ficando bem famoso, agora, não está? Não para mim. Eu ainda lavo as cuecas dele.


- Então, isso é a permanência. Amor, orgulho estilhaçado. O que antes era inocência, agora foi revirado.


- Seria uma mentira dizer que eu não tenho mais medo.


- Fico numa luta permanente entre a minha verdade e a verdade distorcida, vista pelos olhos dos outros.


- Até as pessoas que me amam me odeiam.



- Eu perdi o controle. Não sei o que fazer. Eu estava mamado.


- Quem ganhou a luta então, o Ian ou o Ian?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola


Um pedacinho de uma musica do Legião Urbana (: